Mostrei que era capaz de pilotar um carro de F-1, diz holandês de 18 anos
Piloto mais jovem a competir na F-1, Max Verstappen foi o melhor estreante na categoria em 2015. O desempenho destacado fez com que o holandês de 18 anos fosse indicado ao Prêmio Laureus, na categoria "Revelação".
Duas vezes quarto colocado –na Hungria e nos Estados Unidos–, Verstappen, da Toro Rosso, superou a desconfiança e terminou o ano em 12º lugar, com 51 pontos.
Após a primeira prova da temporada 2016, o piloto concedeu entrevista ao Laureus.com.
Parabéns por ser indicado ao Prêmio Laureus, na categoria "Revelação". O que isso significa para você?
Estou muito honrado por ter sido indicado a um prêmio tão importante quanto esse e mostra que tive uma primeira temporada ótima na F-1.
Esse prêmio foi vencido por Lewis Hamilton em 2008. Você acredita que este é um bom sinal para o futuro, caso você consiga vencer?
Acredito que não seria nada mal se olharmos como a carreira dele se desenvolveu a partir do prêmio. Então provavelmente sim.
Você é filho de um ex-piloto de F-1. Isso ajudou muito em sua carreira?
Sim, teve uma parte muito importante. Desde que comecei a correr, meu pai sempre esteve ao meu lado. Basicamente ele fez de tudo por mim. Foi meu mecânico, foi meu acertador de motor. Nós sempre viajamos juntos para as provas. Sempre nos demos muito bem e desenvolvemos uma ligação muito especial.
Tudo tem sido bom ou ter seu pai do lado coloca mais pressão sobre você?
Eu não diria pressão extra porque sempre soube do que ele falava, e ele tem me ajudado muito. Então não sinto pressão. Diria que tem sido um apoio positivo.
Você pode nos dar a sua avaliação de 2015?
Penso que a temporada, de forma geral, foi ótima. Houve muitas situações diferentes: tive de abandonar provas algumas vezes, mas também conquistei ótimos resultados. Então acredito que aprendi muito. Também marquei uma boa quantidade de pontos em minha primeira temporada; acho que posso ficar muito feliz com isso. Foi uma temporada de um duro aprendizado, mas tudo foi melhor do que o esperado.
Tua temporada parece ter engrenado após o GP da Hungria. O que mudou em Hungaroring?
Antes de entrar na F-1, eu só havia tido um ano de experiência como piloto, e é sempre necessário um pouco de tempo para me ajustar e aprender mais. Penso que o GP da Hungria foi, não diria uma virada, mas um fim de semana muito sólido em geral e isso me deu muita confiança. Conquistou mais e mais experiência a partir dali. Passei a saber o que quero, porque no início ainda era preciso entender o carro. Nesse sentido, desde a Hungria nós demos um bom passo na direção certa.
Do ponto de vista pessoal, qual foi o melhor momento do ano?
Em primeiro lugar coloco meu primeiro Grand Prêmio em casa, em Spa. Foi legal ver tantas bandeiras holandesas e belgas lá, ver que tinha muitos torcedores lá. Eu tive um problema com o motor e precisei largar em último. Então consegui terminar na zona de pontuação, então penso que foi, no fim das contas, um ótimo fim de semana. Em segundo, diria que Austin, é claro. Toda a corrida foi ótima. Estive na frente e acabei na quarta posição em condições bem difíceis. Fiquei muito feliz com aquela prova.
Algumas pessoas diziam no início do ano passado que um piloto de 17 anos é jovem demais para competir na F-1. O que você diria a eles agora?
Não diria particularmente nada. Apenas estou muito feliz sobre meu desempenho na primeira temporada. Acho que mostrei que era capaz de pilotar um carro de F-1.
Quais lições do último ano você leva para 2016?
A maior diferença é a experiência que ganhei. Um piloto melhora bastante apenas por conta disso. Acredito que essa é a principal melhoria para um piloto. Ao se tornar um piloto de F-1, você já é veloz, mas então a experiência faz diferença em um nível tão alto.
Como o primeiro GP da temporada 2016 foi para você?
O fim de semana iniciou bem. Melhoramos o carro o tempo o tempo todo, passo a passo, mesmo que as condições não fossem as melhores com a chuva e a economia de pneus. O treino de classificação foi absolutamente perfeito. Ficar em quinto, atrás dos carros da Mercedes e da Ferrari, é onde queria ficar —porque você precisa ser realista em termos de orçamento, e a Mercedes e a Ferrari estão simplesmente muito a frente. Acho que podemos ficar muito felizes com isso. Então na corrida, penso que o começo foi bom. Depois tivemos problemas de comunicação e o fim não foi bom.
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